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Projeto Redes inicia atividades da segunda fase

Projeto Redes inicia atividades nas comunidades pesqueiras e apresenta kit-chegança que contém um guia completo com as informações, podcast, vídeo e muito mais.



Esta segunda fase do PEA - Projeto de Educação Ambiental Costa Verde passa a ser chamar Projeto Redes: tecendo sabereres, construindo autonomia. Dando inicio a esta nova fase, os educadores ja estão em contato com as comunidades participantes do projeto. Para facilitar e alinhar os principais pontos desta nova fase, a equipe do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina organizou um "Kit Chegança" composto por documentário, podcast e um guia explicando o que é o Projeto Redes e como ele acontecerá nas 111 comunidades integrantes, nos próximos cinco anos.


A realização do Projeto Redes é uma medida de mitigação exigida à Petrobras, pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA. O Projeto Redes acontece nas regiões do litoral norte de São Paulo: Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela; e no litoral sul do Rio de Janeiro: Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.


Esta segunda fase é uma parceria com a Fiotec/Fiocruz, representada pelo Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, o Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP).


Ao todo são quarenta e dois educadores populares dividos em equipes e meso-territórios, que estão desde o início do ano se preparando, passando por inúmeras formações e estudos acerca do território de abrangência desta segunda fase do Projeto Redes.


Ao longo dos conteúdos (podcast e vídeo), representantes das instituições responsáveis pela gestão e realização do Projeto Redes, explicam a segunda fase e como as atividades estão sendo desenhadas para este início. Indira Alves, coordenadora do Projeto Redes, relembra que o projeto faz parte da legislação ambiental: "o Redes é uma imposição, uma condicionante do IBAMA para diminuir os impactos da exploração do petróleo na Bacia de Santos. O objetivo do projeto é fortalecer e incentivar a gestão ambiental das comunidades em seus territórios".


A pescadora Ana Flavia Salai reforça que o principal objetivo do Projeto Redes é uma conquista coletiva que "garante a participação qualificada na luta pelos direitos e preservação dos territórios, em especial as práticas pesqueiras (artesanais, urbanas e tradicionais)".


Nas palavras de Marcela Cananea, esta parceria entre três pilares essenciais da sociedade que articula o saber popular com a ciência, através da pesquisa universitária, só tem a "fortalecer e contribuir com o pensamento crítico sobre os impactos dos empreendimentos de exploração do pré-sal e petróleo nos territórios".


Para o Vagner Nascimento (FCT / OTSS), a participação do movimento social através do Fórum nesta edição do Projeto Redes, "possibilita que as decisões sejam compartilhadas e o protagonizadas pelos comunitários, e isso é transformador e fortalecedor".


O professor Davis Sansolo (UNESP) reforça que além da articulação dos saberes tradicionais/populares e científico/acadêmico, esta segunda fase do Projeto Redes desenvolverá "junto às comunidades do litoral um pensamento crítico sobre o modelo de desenvolvimento na região, não apenas com as atividades relacionadas ao pré-sal, mas sobre outras práticas de impacto ambiental" e a preservação da biodiversidade.


Embora a área de abrangência desta segunda fase seja um desafio, o impacto da pandemia é outro aspecto desafiador, "mas que neste momento, as atividades, reuniões e articulações dos educadores com as comunidades serão virtual" alerta o professor Anderson Sato.


Ao longo dos próximos meses, as equipes do Projeto Redes seguem em articulação com as comunidades, realizando atividades remotas. Acompanhe a programação nas redes das instituições parceiras e procure o educador da sua área para saber sobre o projeto.


Acesse o conteúdo, compartilhe e saiba mais aqui:



Podcast curto:






www.otss.org.br

www.preservareresistir.org

www.comunicabaciadesantos.com.br


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