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Estão abertas as inscrições para a Pós-Graduação em Gestão de Territórios e Saberes

Atualizado: 16 de nov. de 2022

A especialização terá duração de 18 meses e turmas em Angra dos Reis e Paraty. Inscrições podem ser feitas pelo site até o dia 9 de dezembro de 2022



De 14 de novembro a 9 de dezembro de 2022 estará aberto o Edital de Seleção para a turma presencial 2023-2024 da Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Territórios e Saberes (TERESA). Serão 20 vagas para Angra dos Reis e 20 vagas para Paraty.


Organizada a partir das experiências do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) no território da Bocaina, a Pós-graduação TERESA - Gestão de Territórios e Saberes é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS) – uma parceria entre a Fiocruz e o FCT. O objetivo da Pós TERESA é produzir conhecimento a partir e para a realidade da Baía da Ilha Grande. O curso busca desenvolver tecnologias sociais, conhecimentos, instrumentos e métodos organizacionais elaborados através da realidade e do contexto dos territórios, como explica Carlos Felipe Abirached, coordenador de Gestão Socioambiental e Populações do ICMBio Paraty.


"O conhecimento científico e o saber das comunidades tradicionais, reunidos no curso Teresa, promovem importante processo de formação e integração de pessoas para ampliar o cuidados das Áreas Protegidas e dos Territórios Tradicionais, que conformam o único Sítio do Patrimônio Cultural e Ambiental das Américas reconhecido pela Unesco", afirma Abirached.

Lício Monteiro, professor de Geografia do IEAR/UFF e coordenador do curso Teresa, ressalta que a formação é uma forma de não desassociar territórios e saberes e chegar nestes dois âmbitos de maneira relacionada.


"Articular territórios e saberes é uma forma de reconhecer que os territórios produzem conhecimento, que muitas vezes não é reconhecido ou valorizado no âmbito acadêmico. Mas é, justamente, nosso objetivo trazer a tona os conhecimentos que existem nestes diferentes contextos territoriais, que a gente atua. Territórios e Saberes é sobre isso. Além de reconhecer também que os conhecimentos científicos, que muitas vezes são apresentados como universais, na verdade eles tem também sua marca territorial, eles também vem de algum lugar", pontua o professor.


Desta forma, o curso possui um corpo docente multidisciplinar, que busca explorar as diferentes maneiras como os territórios e os saberes se produzem mutuamente e constituem novas formas de pensamento e ação política.


"A especialização Teresa é importante pois tem como objetivo promover formação de pessoas atuantes nesse território por meio do debate em torno de questões concretas que afetam a região. Sempre por meio do diálogo de diferentes saberes, academia, estudantes, profissionais de diferentes áreas e comunidades", completa Indira Alves França, coordenadora de Gestão de Saberes do OTSS.


Quem pode participar


O público-alvo são sujeitos que atuam na região como educadoras/educadores, agentes públicos, ativistas sociais ou recém-graduados. Para se inscrever, acesse o Edital de Seleção no site http://app.iear.uff.br/teresa/. Podem se inscrever todas aquelas pessoas que tiverem graduação concluída em qualquer área de conhecimento. Além disso, o curso vai abrir vagas também para pessoas sem graduação em algumas disciplinas específicas na modalidade de "curso de extensão", com certificado.


Por que Teresa?


"O nome Teresa foi dado porque une as iniciais de Território e Saberes e poderia ser uma mera sigla no entanto resulta num nome próprio e muito forte, Teresa, com o qual podemos homenagear Teresa de Benguela, que viveu no Mato Grosso, no século XVIII e foi a líder do Quilombo de Quaritererê", conta Lício Monteiro. Ele também ressalta que Teresa de Benguela é homenageada no dia 25 de julho, dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha e dia nacional Teresa de Benguela. "A escolha foi muito feliz e consegue trazer significados que apontam na direção do que queremos para o curso", finaliza.


Laboratório a céu aberto

O curso busca tornar a região como um laboratório a "céu aberto" e atrair alunos que estejam atuando na região, seja como educadores, agentes públicos, ativistas sociais ou recém-graduados, ampliando e consolidando as redes de pesquisa e atuação.


Com duração de um ano e meio, a especialização será dividida em 4 bimestres que somam 360 horas de aulas presenciais. As disciplinas obrigatórias são: Território e territorialidades; Interculturalidade e saberes; Políticas Públicas, Estado e sociedade; Metodologias e Projeto. As aulas serão oferecidas em duas turmas, com 20 estudantes cada, sendo uma em Paraty e outra em Angra dos Reis, nas dependências das três instituições envolvidas. Ao final do curso os alunos deverão apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolvido ao longo do ano.


Mais informações no site:


Dúvidas pelo e-mail:

posgraduacaoteresa@gmail.com


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