O Projeto Redes, resultado de uma condicionante exigida à Petrobras pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, divulgou seu Boletim Anual referente ao ano de 2022. O projeto, que teve início em 2017, tem como objetivo principal a mitigação dos impactos causados por empreendimentos de petróleo e gás natural da Bacia de Santos sobre comunidades tradicionais pesqueiras dos municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, e de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
Com o intuito de fortalecer a organização social, política e econômica das comunidades afetadas, o Projeto Redes promove uma série de processos formativos e apoia a participação ativa dessas comunidades na gestão socioambiental. Além disso, busca contribuir para a permanência dessas populações nos territórios em que vivem, garantindo a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais.
De acordo com o Boletim Anual 2022, o Projeto Redes obteve avanços significativos em diversas áreas ao longo do ano. Entre os destaques, destacam-se as seguintes iniciativas:
capacitação e formação, articulação com órgãos governamentais e instituições, monitoramento ambiental, fomento a atividades econômicas sustentáveis, participação social e o protagonismo comunitário.
O Boletim Anual 2022 do Projeto Redes ressalta a importância dessas ações na busca por um desenvolvimento sustentável, equilibrando o crescimento econômico com a preservação dos territórios tradicionais e a valorização e protagonismo político das comunidades.
O documento destaca ainda, a formação e lançamento da Rede de Formação Socioambiental: uma nova e importante fase da execução do Projeto Redes. A criação da Rede de Formação Socioambiental representou um avanço significativo no fortalecimento das ações do projeto. Através dessa iniciativa, foram estabelecidas parcerias com instituições de ensino, organizações não governamentais e especialistas na área de justiça socioambiental, visando ampliar o acesso ao conhecimento e promover uma formação mais abrangente e transdisciplinar para as comunidades pesqueiras.
A Rede de Formação Socioambiental proporcionou a realização de cursos, oficinas e palestras ministradas por diferentes pesquisadores e ativistas sobre os temas urgentes e emergentes nos territórios impactados direta ou indiretamente pela exploração do pré-sal: conservação ambiental, manejo sustentável dos recursos naturais, gestão comunitária e direitos das comunidades tradicionais.
Além disso, o Maré de Saberes se tornou um espaço de troca de experiências e de construção coletiva de saberes, estimulando o diálogo entre os diversos atores envolvidos no Projeto Redes. As comunidades pesqueiras tiveram a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos tradicionais e contribuir com soluções inovadoras para os desafios enfrentados.
Conforme relatado no Boletim Anual 2022 do Projeto Redes, foram realizadas diversas atividades ao longo desse período. Entre elas, destacam-se 646 Visitas de Convivência, 154 Reuniões de Comissões e 15 Reuniões temáticas dos blocos temáticos, além de outras atividades previstas no plano de trabalho.
Além de dados sobre as realizações, o Boletim anual do Projeto Redes apresenta alguns episódios do Vozes do Território e o documentário disponível no youtube:
O Projeto Redes é fruto de uma parceria com a Fiotec/Fiocruz por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Resultado de uma condicionante exigida à Petrobras pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, o Projeto Redes é uma política pública conquistada por comunidades tradicionais pesqueiras impactadas por empreendimentos de petróleo e gás natural no litoral norte de São Paulo e no litoral sul do Rio de Janeiro.
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